- Bom dia. Permitam-me aproveitar esta grande oportunidade para perguntar-lhes algo que ainda não consegui entender: Como começam os conflitos no dia-a-dia?
- Ah, isso é simples – respondeu um dos gerentes – Vamos supor que os Estados Unidos continuassem a se desentender com a Inglaterra e…
Imediatamente o outro gerente interrompeu e comentou:- Mas os Estados Unidos nunca se desentenderam com a Inglaterra!
- Eu sei! Estou apenas usando um exemplo hipotético.
- Você está confundindo a cabeça do Pedro! – protestou o outro gerente.
- Não, não estou! – respondeu asperamente o primeiro gerente.
Antes que eles continuassem, Pedro os interrompeu e disse:
- Não se preocupem. Vocês conseguiram demonstrar na prática como os conflitos começam. Muito obrigado!
É certo que onde existem pessoas com os mesmos interesses e propósitos, também haverá a existência de conflitos. Muitos conflitos são saudáveis porque promovem a troca de informações e contribuem para o ajuste e alinhamento de ações em direção a determinados objetivos. Os problemas começam quando os conflitos surgem porque as pessoas preferem ter razão, a serem felizes.
Na liderança, infelizmente, acontecem conflitos ainda maiores. Nada fala mais alto que nossas atitudes e nossos exemplos. Talvez este seja o maior de todos os conflitos que observamos no cotidiano das organizações. Líderes que atuam na base do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, exigindo das pessoas aquilo que eles mesmos não fazem e tampouco são.
Para um mesmo estímulo, existem muitas reações possíveis, e entre estímulo e reação está o caráter. Considerando que liderança é caráter em ação, e que o desenvolvimento da liderança depende do desenvolvimento do caráter, o líder que realmente se interessa pelo crescimento de sua equipe, influencia pessoas pelo exemplo, porque “Palavras movem, exemplos arrastam”. Só assim o caráter e a integridade se estabelecem na liderança.
Marco Fabossi
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